Reportagem de G1 Rio informa que, marcada pelo debate sobre a censura a obras com temática LGBT, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro chegou ao fim neste domingo (8) com saldo superior a 4 milhões de livros vendidos. Ao longo dos dez dias do evento, mais de 600 mil pessoas passaram pelo Riocentro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na edição anterior, com 11 dias de feira, foram 3,6 milhões de exemplares e público de 680 mil, informou a Agência Brasil.
De acordo com a publicação, além vender mais que em 2017, a Bienal deste ano ficou marcada pela controvérsia em razão de um pedido de veto a determinadas publicações. Isso porque, na quinta-feira (5), o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, determinou o recolhimento do romance gráfico “Vingadores, a cruzada das crianças” (Salvat), que tem a imagem de um beijo entre dois personagens masculinos. No dia seguinte à determinação de Crivella, todos os exemplares da revista se esgotaram em pouco mais de meia hora.
Na tarde da sexta-feira (6), agentes públicos buscaram outras publicações que, segundo o prefeito, seriam “impróprias” para crianças e adolescentes. No fim daquele dia, a Secretaria de Ordem Pública (Seop) divulgou nota informando que “não encontrou material em desacordo às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente”, completa o site.
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