
Livraria Cultura. Foto: Wikimedia Commons
Da reportagem de Rogério Gentile e Bruno Molinero na Folha de S.Paulo.
As livrarias Saraiva e Cultura continuam acumulando prejuízos, a despeito das duras medidas que adotaram para tentar sobreviver à crise que atinge o mercado editorial brasileiro nos últimos anos.
As duas empresas, que estão em processo de recuperação judicial, já fecharam 54 lojas —38% do total— desde 2017 e demitiram 2.451 funcionários —47,8%. Mesmo assim, continuam a operar no vermelho.
Prestes a perder o posto de maior rede de livrarias físicas do país para a Livraria Leitura, de Minas Gerais, a centenária Saraiva teve um prejuízo líquido de R$ 155,4 milhões de janeiro a novembro de 2019.
A empresa, que chegou a ter 112 lojas em 2017, hoje trabalha com 73 e responde a 30 ações de despejo na Justiça. No final de 2018, sem conseguir pagar dívidas de R$ 675 milhões, recorreu à recuperação judicial para ter fôlego e tentar evitar a decretação da falência.
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Da mesma forma que a Saraiva, a Cultura enfrenta dificuldades e está em recuperação desde 2018 por não conseguir pagar dívidas de R$ 285,4 milhões. No ano passado, apesar das medidas de ajuste, acumulou até novembro um prejuízo líquido de R$ 37,7 milhões.
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