
Cena do filme “Afronte”, criticado por Bolsonaro Imagem: Divulgação
O UOL informa que o cineasta Bruno Victor Santos diz que recebeu ataques nas redes sociais após seu filme, “Afronte”, ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). O projeto entrou na lista divulgada no mês passado em que Bolsonaro disse que a Ancine não vai liberar recursos para filmes LGBT. “Um discurso de ataque tão direto do presidente valida que outras pessoas façam o mesmo”, escreveu o diretor em um texto para o The Intercept Brasil. “E eu recebi ataques extremamente dolorosos, desde apoios à fala e à censura, até gente falando da cor da minha pele, da minha orientação sexual.”
De acordo com a publicação, Bruno conta que ele foi chamado de “cosplay de Marielle Franco” em um dos ataques. Para ele, ser comparado associado a figura da vereadora assassinada em 2018, mas a questão é maior. “O que eles estão falando que eu mereço ter uma morte parecida com a dela. E eu fiquei com medo, me retirei das redes sociais. E sei que essas pessoas são covardes e gostam de violência, e que elas querem que a população preta, principalmente LGBT, continue sendo massacrada”, declarou.
“Afronte” mostra a realidade vivida por negros homossexuais no Distrito Federal. Bolsonaro justificou o veto na ocasião dizendo que ninguém tem a ver com a vida particular dos outros, completa o portal.
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