Segundo entrevista concedida ao Universo da UOL, Iran Giusti, fundador e organizador, anunciou que o local fechará as portas.
Desde que nasceu, há pouco mais de três anos, a Casa 1 foi lar de mais de 200 pessoas LGBTs que foram expulsas de casa por suas orientações sexuais ou identidade de gênero, especialmente negras e vindas da periferia.
A república de acolhida e centro cultural, que fica na região central da cidade, atualmente abriga 20 pessoas de 18 a 25 anos e atende cerca de 300 alunos em oficinas de inglês, espanhol, costura, ioga, entre outras. A Casa também oferece refeições para moradores de rua, clínica social de psicoterapia e atividades para crianças, tudo gratuito.
O custo de tudo isso? Mais de R$ 40 mil mensais — valor que é arrecadado por meio de um financiamento coletivo recorrente, de doações e parcerias com a iniciativa privada.
Desde 2016, quando abriu as portas, a Casa nunca conseguiu fechar as contas com tranquilidade.
Os últimos meses, no entanto, têm sido ainda mais difíceis por dois motivos: queda nas doações e afastamento de empresas que antes eram parceiras. “Quando o novo presidente foi eleito, a relação estremeceu”, lamenta Iran Giusti.
“Seguiremos ao longo do ano tentando editais, projetos com empresas e incentivando as doações de pessoas físicas, mas tendo em vista os últimos cinco meses, não prevemos muito êxito”, informa a organização, no comunicado.
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