Gil recebe, numa semana, pedidos de três produtoras para falar sobre a ditadura no país

Segundo o colunista Ancelmo Gois, no O Globo, ao celebrar o golpe de 1964, Bolsonaro acabou cutucando a onça com a vara curta.

Só na última semana, Gilberto Gil recebeu três pedidos diferentes de produtoras para falar sobre a ditadura, o período em que ficou preso no Brasil e o exílio imposto pelos militares.

Como conta Roberto Sander no livro “1968 — Quando a Terra tremeu”, Gil e Caetano Veloso foram presos em dezembro daquele ano, dias depois do AI-5, por terem participado de um show considerado “subversivo”. Após dois meses, foram soltos, mas em prisão domiciliar. E a ditadura impôs: se quisessem ficar livres, teriam de partir para o exílio. Já na Inglaterra, Caetano compôs a melancólica “London, London” (1970): “Eu sei que não conheço ninguém aqui para dizer ‘olá’/ Eu sei que eles deixam o caminho livre/ Estou solitário em Londres sem medo”.

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