Na cobertura do Carnaval, Fátima Bernardes é obrigada a comentar críticas de escola de samba à Globo

Segundo o colunista Maurício Stycer, no UOL, a São Clemente inaugurou o segundo dia do Grupo Especial do Rio, nesta segunda-feira (04), com um enredo bem-humorado e crítico sobre a transformação dos desfiles no Sambódromo carioca em um evento meramente comercial.

“E o Samba Sambou” tripudiou de vários aspectos dos desfiles – a venda de alas para estrangeiros, as rainhas de bateria que pagam para desfilar, os camarotes que tocam música eletrônica, os passistas que só querem ganhar “curtidas” na internet, entre outros.

Atenta, a equipe da Globo não deixou passar nenhuma crítica da São Clemente sem explicação. Fátima Bernardes e Milton Cunha, em particular, fizeram vários comentários.

“Os sambistas dizem: ‘essas mulheres aterrissam de helicóptero só na hora do desfile e não sabem nada da comunidade”‘, disse Cunha diante da ala “Quer pagar quanto?”. Ele também criticou o excesso de turistas desfilando nas escolas: “Quem tem que desfilar é quem fala português, quem não fala a nossa língua que sente na plateia”, opinou.

Uma ala, chamada “Toda poderosa”, fez referência à Globo, dona dos direitos de transmissão do desfile. Fátima se apressou em explicar: “Olha a ala ‘Toda poderosa’. Mais uma crítica. Uma crítica aos componentes, às celebridades, que correm pra frente de uma câmera sem se preocupar com a evolução. E correm pra frente das câmeras da Globo porque é a gente que transmite esse desfile lindo”.

Milton Cunha acrescentou: “É o povo que quer desfilar só para aparecer na transmissão”. E Fátima completou: “Sabe a visibilidade que é participar de um desfile assim”.

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Em 2018, Fátima e sua equipe foram criticados por parecerem constrangidos ou excessivamente tímidos diante das muitas críticas políticas exibidas no desfile da Paraíso de Tuiuti.

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