De Inácio Araujo na Folha de S.Paulo.
Martin Scorsese não mede elogios ao falar da Netflix numa mesa-redonda entre diretores promovida pela revista The Hollywood Reporter. Para ele, não estamos num processo de evolução, mas de revolução.
A opinião pode soar enviesada. Afinal, seu “O Irlandês” só saiu do papel quando a plataforma de streaming topou bancar o projeto que ele e Robert De Niro desenvolviam desde 2009, recebido com sucessivas portas na cara pelos executivos dos estúdios tradicionais.
Todd Phillips concorda com a observação e vai mais longe. Seu “Coringa” teve imensas dificuldades para ganhar as telas. Além de fazer um filme lateral ao universo dos super-heróis, mas não propriamente um filme de super-herói, ele teve que lidar com a constante troca de diretores na Warner: “Quando por fim todo mundo embarcou, de repente você fica sabendo que eles foram embora e tem de começar tudo de novo”.
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O brasileiro Fernando Meirelles diz não sofrer com o tipo de pressão que se encontra em Hollywood. Afirma estar contente no Brasil, trabalhando apenas eventualmente no exterior e valorizando sua independência. A que teve da Netflix, por exemplo, para escolher os atores de “Dois Papas”.
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