Pedro Cardoso: “A má administração do Estado não é justificativa para o comércio da água”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/Instagram

Ele criticou o marco do saneamento e a privatização da água.

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Enquanto o show de horrores da politicolândia continua a nos assombrar com a guerra de gangues na qual se desenvolve o seu espetáculo – resta-nos torcer pelo bandido menos ruim – os assuntos que verdadeiramente nos interessam são negligenciados e, esquecidos de suas urgências, angustiam as nossas atividades cotidianas.

Reconquistar a realidade é uma tarefa anterior ao debate sobre políticas objetivas. Devemos, eu creio, nos proteger da babel publicitária na qual as forças políticas nos enredam, e tentarmos uma conversa sem slogans, puramente argumentativa, honesta e nada teimosa. E para tanto precisamos enfrentar a tendência maior da nossa psicologia e educação q é convencermos-nos de certezas inabaláveis.

Precisamos suportar a dúvida e apostar no diálogo – e não no monólogo – como produtor da verdade. Muitos são os assuntos q nos dizem respeito. Sugiro um deles: o lucro e o bem comum.

Pergunto: quais necessidades são as essenciais à vida e nas quais, portanto, o lucro é imoral pois seria sempre lucrar sobre a morte? Existe alguma? A oferta de água, e sua limpeza, é uma delas?

A politicolândia debate o tema com vistas no interesse dos comerciantes, e não no nosso. O ser-humano é feito de água, quase totalmente. Como é possível q seu custo e consumo ñ pertençam a todos na proporção do uso q fazem?

Sou contra haver lucro sobre a água. A má administração do estado ñ é justificativa para entregar à ganância do mercado o comércio da água. Consertemos o Estado, envés. O q pensam?

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Bom dia. Enquanto o show de horrores da politicolândia continua a nos assombrar com a guerra de gangues na qual se desenvolve o seu espetáculo – resta-nos torcer pelo bandido menos ruim – os assuntos que verdadeiramente nos interessam são negligenciados e, esquecidos de suas urgências, angustiam as nossas atividades cotidianas. Reconquistar a realidade é uma tarefa anterior ao debate sobre políticas objetivas. Devemos, eu creio, nos proteger da babel publicitária na qual as forças políticas nos enredam, e tentarmos uma conversa sem slogans, puramente argumentativa, honesta e nada teimosa. E para tanto precisamos enfrentar a tendência maior da nossa psicologia e educação q é convencermos-nos de certezas inabaláveis. Precisamos suportar a dúvida e apostar no diálogo – e não no monólogo – como produtor da verdade. Muitos são os assuntos q nos dizem respeito. Sugiro um deles: o lucro e o bem comum. Pergunto: quais necessidades são as essenciais à vida e nas quais, portanto, o lucro é imoral pois seria sempre lucrar sobre a morte? Existe alguma? A oferta de água, e sua limpeza, é uma delas? A politicolândia debate o tema com vistas no interesse dos comerciantes, e não no nosso. O ser-humano é feito de água, quase totalmente. Como é possível q seu custo e consumo ñ pertençam a todos na proporção do uso q fazem? Sou contra haver lucro sobre a água. A má administração do estado ñ é justificativa para entregar à ganância do mercado o comércio da água. Consertemos o Estado, envés. O q pensam?

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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