Pedro Cardoso: “Comparecer a ato onde se apela por ditadura não é ação que possa ser moderada”

Pedro Cardoso e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram/AFP

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Diz a folha: “bolsonaro modulou discurso após pressão de militares e do judiciário”.

Não concordo de modo algum.

Comparecer a ato público onde se apela por ditadura militar não é ação que possa ser moderada depois, ainda que Messias jure por deus seu amor a democracia. Na própria manifestação ele falou a favor dela; muito embora se contradiga imediatamente arvorando-se a representante da vontade de todo o (hipotético) povo brasileiro e não apenas de seus eleitores.

Em uma democracia a vontade das pessoas se faz valer justamente pela ponderação ao desejo absoluto da maioria pela contemplação parcial da vontade dos outros; vontades negociadas nos parlamentos e executadas (com contribuição criativa) pelo executivo. Quem governa é o parlamento. Ou deveria. O parlamento é o lugar da conversa política.

Mas aqui, nosso problema cristão com a figura do pai – basta ler os evangelhos para ver que Jesus nada fez que o pai dele não quisesse – nos compele a depositar todo o poder no gerente do executivo. E empobrecemos a democracia, inevitavelmente. Mas o erro de avaliação de A Folha deve-se, na minha opinião, a observar os movimentos de Messias como se fossem guiados por um projeto político. Não o são. São guiados pelo sadismo do torturador que ele é.

É em busca de prazer erótico que Messias age. A política que faz é tática para se manter no poder de onde consegue se esconder dos seus crimes. Política fazem os seus apoiadores, militares e civis, que se valem dele para tentarem governar este país inexistente chamado Brasil através e apesar dele. Essa é a política real.

Messias é a sessão de tortura diuturna que é esperada de um torturador qdo ele está no poder. Messias e os seus vêm daquele outro país ao qual eu não pertenço e que invadiram o meu. Não quero nada com nenhum deles. Nem ouvi-los, nem ter com eles relações comerciais ou outras.

Tudo que preciso existe no país do qual sou natural: médicos, dentistas, artistas… Talvez não aja capital em abundância. Por isso insisto: a liberdade exige uma outra economia. Nada da antiga nos serve.

Deixemos esta para os invasores e criemos para nós a nossa novidade.

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Diz a folha: “bolsonaro modulou discurso após pressão de militares e do judiciário”. Não concordo de modo algum. Comparecer a ato público onde de apela por ditadura militar não é ação que possa ser moderada depois, ainda que Messias jure por deus seu amor a democracia. Na própria manifestação ele falou a favor dela; muito embora se contradiga imediatamente arvorando-se a representante da vontade de todo o (hipotético) povo brasileiro e não apenas de seus eleitores. Em uma democracia a vontade das pessoas se faz valer justamente pela ponderação ao desejo absoluto da maioria pela contemplação parcial da vontade dos outros; vontades negociadas nos parlamentos e executadas (com contribuição criativa) pelo executivo. Quem governa é o parlamento. Ou deveria. O parlamento é o lugar da conversa política. Mas aqui, nosso problema cristão com a figura do pai – basta ler os evangelhos para ver que Jesus nada fez que o pai dele não quisesse – nos compele a depositar todo o poder no gerente do executivo. E empobrecemos a democracia, inevitavelmente. Mas o erro de avaliação de A Folha deve-se, na minha opinião, a observar os movimentos de Messias como se fossem guiados por um projeto político. Não o são. São guiados pelo sadismo do torturador que ele é. É em busca de prazer erótico que Messias age. A política que faz é tática para se manter no poder de onde consegue se esconder dos seus crimes. Política fazem os seus apoiadores, militares e civis, que se valem dele para tentarem governar este país inexistente chamado Brasil através e apesar dele. Essa é a política real. Messias é a sessão de tortura diuturna que é esperada de um torturador qdo ele está no poder. Messias e os seus vêm daquele outro país ao qual eu não pertenço e que invadiram o meu. Não quero nada com nenhum deles. Nem ouvi-los, nem ter com eles relações comerciais ou outras. Tudo que preciso existe no país do qual sou natural: médicos, dentistas, artistas… Talvez não aja capital em abundância. Por isso insisto: a liberdade exige uma outra economia. Nada da antiga nos serve. Deixemos esta para os invasores e criemos para nós a nossa novidade.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com

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