Pedro Cardoso: “eleitores de Messias são minoria diante dos 87 milhões que se recusaram a votar nele”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/YouTube

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Li no UOL que Regina teria dito no Fantástico que o desgoverno que ela serve não empregará recursos público em projetos de minorias. Comento sem saber exatamente o que ela disse porque me interessa apenas observar o que possa ser “minorias” para o nazifascismo. Certamente, quem se recusa ser uma minoria é porque se considera pertencer a maioria. Assim o messianismo de falsa fé personificado em Messias tem se declarado.

“Somos a maioria”, eles têm dito. Que maioria? Bem, de fato, 57 milhões de votos o fez uma maioria entre os eleitores, é fato. Que a eleição esteja maculada pela desonestidade do uso profissional de divulgação de alucinadas mentiras através de rede antissociais e da prisão apressada e desonesta de Luiz Inácio – muito antes de culpa dele ter sido provada – é questão que permanece acessa e dependendo de decisões judiciais.

Mas maioria eleitoral é circunstância efêmera e complexa. Os 57 milhões não se compõe de mesmices. Há variação entre eles. Talvez, essa maioria se componha de muitas minorias unidas por desejo comum. Por exemplo: Haverá usuários de maconha entre os eleitores de Bolsonaro? Talvez, sim. Serão eles então minoria quanto a esse hábito.

Haverá amantes de pornografia? Haverá adúlteros? Haverá sinceros crentes em deus? Acho que sim para tudo. Outro ponto: Os eleitores de Messias são uma maioria eleitoral mas são uma minoria diante dos talvez 87 milhões que se recusaram a votar nele. Assim, para ser coerente com o que diz, se Regina pensa que verbas públicas devem atender apenas a maioria, ela as deve destinar aos não-eleitores de Messias pois estes são a maioria.

Mas melhor seria, na minha opinião, tratarmos da verdade: Maiorias eleitorais tem apenas o direito de governar para todos pois nenhuma maioria é absoluta quanto a tudo. Toda pessoa é minoria quanto a alguma coisa, seja seu gosto pela maconha, pelo hipismo ou qualquer outra característica sua.

No mesmo dia em que Cristo pregava a verdade dele, um outro ao lado se dizia ser o Cristo também. O que fez do cristianismo maioria foi a espada romana, nada cristã. Cristo mesmo viveu inaugurando a maior minoria de todas: a dos sinceros amantes da bondade.

Sejamos cristãos, pois.

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Bom dia. Li no UOL que Regina teria dito no Fantástico que o desgoverno que ela serve não empregará recursos público em projetos de minorias. Comento sem saber exatamente o que ela disse porque me interessa apenas observar o que possa ser “minorias” para o nazifascismo. Certamente, quem se recusa ser uma minoria é porque se considera pertencer a maioria. Assim o messianismo de falsa fé personificado em Messias tem se declarado. “Somos a maioria”, eles têm dito. Que maioria? Bem, de fato, 57 milhões de votos o fez uma maioria entre os eleitores, é fato. Que a eleição esteja maculada pela desonestidade do uso profissional de divulgação de alucinadas mentiras através de rede antissociais e da prisão apressada e desonesta de Luiz Inácio – muito antes de culpa dele ter sido provada – é questão que permanece acessa e dependendo de decisões judiciais. Mas maioria eleitoral é circunstância efêmera e complexa. Os 57 milhões não se compõe de mesmices. Há variação entre eles. Talvez, essa maioria se componha de muitas minorias unidas por desejo comum. Por exemplo: Haverá usuários de maconha entre os eleitores de Bolsonaro? Talvez, sim. Serão eles então minoria quanto a esse hábito. Haverá amantes de pornografia? Haverá adúlteros? Haverá sinceros crentes em deus? Acho que sim para tudo. Outro ponto: Os eleitores de Messias são uma maioria eleitoral mas são uma minoria diante dos talvez 87 milhões que se recusaram a votar nele. Assim, para ser coerente com o que diz, se Regina pensa que verbas públicas devem atender apenas a maioria, ela as deve destinar aos não-eleitores de Messias pois estes são a maioria. Mas melhor seria, na minha opinião, tratarmos da verdade: Maiorias eleitorais tem apenas o direito de governar para todos pois nenhuma maioria é absoluta quanto a tudo. Toda pessoa é minoria quanto a alguma coisa, seja seu gosto pela maconha, pelo hipismo ou qualquer outra característica sua. No mesmo dia em que Cristo pregava a verdade dele, um outro ao lado se dizia ser o Cristo também. O que fez do cristianismo maioria foi a espada romana, nada cristã. Cristo mesmo viveu inaugurando a maior minoria de todas: a dos sinceros amantes da bondade. Sejamos cristãos, pois.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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