O ator Pedro Cardoso, ex-Globo, comentou sobre o Lula livre e fez uma recomendação de leitura no Instagram:
Sugiro, por mais óbvio que seja, a leitura de 1984, de George Orwell.
Trago hoje a lembrança do livro por conta do nosso convívio nas redes antissociais. Em 1984, sob o regime absolutamente autoritário que reina em todo o planeta, os cidadãos têm direito aos “minutos de ódio”. Nesse intervalo de suas obrigações, são projetadas sobre uma tela a imagem do traidor total e é permito xinga-lo a exaustão. Ao próprio líder maior, o tal Big Irmão, se pode dirigir ofensas. O regime compreende que é necessária a manifestação do ódio. Melhor então tê-la sob controle do que descontrolada.
É o mesmo que nos é dado usufruir aqui, nas redes antissociais. Neste espaço sem materialidade, podemos xingar, ofender, gritar… Nos é permitido aliviar o ódio e… Nada muda. Esta tela é uma sala fechada. Nossas ações aqui, aqui ficam. Depois de publicarmos a nossa revolta, iludidos de termos tido voz, nos calamos; e as urgências da vida prática – comer, produzir, educar, se lavar etc – nos raptam da indignação e nos mantém ocupados.
Sugiro, até para quem já leu, o livro George. Em dias de euforia merecida pela libertação de Luís, eu venho pedir reflexão. Ver Lula livre me encheu de alegria mas também de preocupação. Penso que Lula é uma pessoa importante na missão nossa de tirar (pelo voto) do poder o maior número possível de fascistas. Mas a nossa força se debilitará se não enfrentarmos de uma só vez todos os fascismos possíveis; e não apenas o que está agora no poder. Eu diria que há uma tendência ao fascismo no âmago do poder. Todo projeto de poder – mesmo os bem intencionados – sonha com a eliminação do oponente. Se a executa ou não, vai do quanto de humanidade levam seus líderes no coração. Mas o desejo, realizado ou não, lá está, perpetuamente desejado.
Na minha opinião, para que o PT cumpra a sua função na luta contra o fascismo brasileiro de extrema-direita terá que purgar a insinuação do fascismo que o envenenou durante os seus tempos no poder. Não há nenhum partido político no qual eu confie totalmente; nem sonho que haverá. Mas há muitos nos quais não confio absolutamente de modo algum em nada! O de Messias é um deles. 1984! Que o livro nos livre desse futuro.
Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]
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