Pedro Cardoso sobre Bolsonaro e seus empresários: “aventar interrupção da democracia é crime”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/YouTube

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Sugiro a coluna de Mônica Bergamo, na Folha. Ela nos conta de associação chamada “movimento brasil 200”, grupo de empresários apoiadores do nazifascismo personificado em Messias, e de suas intenções de propagar ataques contra o congresso. Cinicamente, um tal de Edgar Corona, diz ter compartilhado vídeos convocatórios com sugestão de golpe militar apenas para que seus amiguinhos tomassem conhecimento, e que o grupo não apoia tais iniciativas. Confio na honestidade profissional de Mônica e, pela correção da notícia, tiro as minhas conclusões de que este senhor mente e que este grupo deseja o fim da democracia. Chamam-se a si mesmos de “setor produtivo”. Fazem-me rir.

Produtivo é o operário e não esses vendedores de plástico e produtos de má qualidade. Havan, Centauro, Polishop. Só vendem lixo para classe média baixa. Duvido que sejam patrões com alguma noção de justiça social. Sanguessugas da pobreza brasileira que lhes mantem mão de obra barata e consumidores endividados a lhes pagar juros.

Esses grupos, e mais as igrejas de falsa fé, estão na base do nazifascismo que encontrou no patético Bolsonaro seu líder impotente de ocasião. São eles que esperam ver os militares pisarem novamente sobre a democracia e lhes entregarem o país para sua farra pseudo-liberal. São eles que se embrulharam na bandeira brasileira e vociferaram contra “as esquerdas” e inventam que o PT é o pai da corrupção.

São eles que agora, diante a incompetência astronômica do desgoverno atual, querem fazer parecer que Messias é vítima do congresso. Longe de mim defender os atuais congressistas – muitos deles bolsonaristas – mas aventar interrupção da democracia é crime que deveria leva-los a cadeia.

O dólar sobe porque ninguém responsável pode acreditar em damares e ventraubes e helenos, eu já desconfiava e confirmei lendo Eduardo Moreira.

Hitler foi apoiado por grande parte dos industriais alemães. O nazifascismo é um movimento de elite emergente que quer o lugar das elites estabelecidas.

A ditadura de 64 concentrou a renda que Jango e o trabalhismo queriam dividir. O golpe tinha esse propósito. E de novo é o mesmo.

Nós é que devemos nos mover contra eles.

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Bom dia. Sugiro a coluna de Mônica Bergamo, na Folha. Ela nos conta de associação chamada “movimento brasil 200”, grupo de empresários apoiadores do nazifascismo personificado em Messias, e de suas intenções de propagar ataques contra o congresso. Cinicamente, um tal de Edgar Corona, diz ter compartilhado vídeos convocatórios com sugestão de golpe militar apenas para que seus amiguinhos tomassem conhecimento, e que o grupo não apoia tais iniciativas. Confio na honestidade profissional de Mônica e, pela correção da notícia, tiro as minhas conclusões de que este senhor mente e que este grupo deseja o fim da democracia. Chamam-se a si mesmos de “setor produtivo”. Fazem-me rir. Produtivo é o operário e não esses vendedores de plástico e produtos de má qualidade. Havan, Centauro, Polishop. Só vendem lixo para classe média baixa. Duvido que sejam patrões com alguma noção de justiça social. Sanguessugas da pobreza brasileira que lhes mantem mão de obra barata e consumidores endividados a lhes pagar juros. Esses grupos, e mais as igrejas de falsa fé, estão na base do nazifascismo que encontrou no patético Bolsonaro seu líder impotente de ocasião. São eles que esperam ver os militares pisarem novamente sobre a democracia e lhes entregarem o país para sua farra pseudo-liberal. São eles que se embrulharam na bandeira brasileira e vociferaram contra “as esquerdas” e inventam que o PT é o pai da corrupção. São eles que agora, diante a incompetência astronômica do desgoverno atual, querem fazer parecer que Messias é vítima do congresso. Longe de mim defender os atuais congressistas – muitos deles bolsonaristas – mas aventar interrupção da democracia é crime que deveria leva-los a cadeia. O dólar sobe porque ninguém responsável pode acreditar em damares e ventraubes e helenos, eu já desconfiava e confirmei lendo Eduardo Moreira. Hitler foi apoiado por grande parte dos industriais alemães. O nazifascismo é um movimento de elite emergente que quer o lugar das elites estabelecidas. A ditadura de 64 concentrou a renda que Jango e o trabalhismo queriam dividir. O golpe tinha esse propósito. E de novo é o mesmo. Nós é que devemos nos mover contra eles.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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