Pedro Cardoso sobre retrocessos do governo: “Messias e os seus atacam diariamente fatos da cultura”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/YouTube

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Eu acho q a luta contra o fascismo deve se dar no campo das ideias; e não apenas no político/partidário. Tirar os fascistas da posse do Estado é a missão mas temo que fracassaremos se depositarmos todo o nosso empenho apenas em um projeto político/partidário. Messias e os seus atacam diariamente fatos da cultura. Recentemente, Roberto – o ofensor de Fernanda Montenegro – foi a UNESCO e, num discurso tipicamente messiânico, afirmou que toda a produção cultural do Brasil dos últimos 20 anos deixou de ser arte e passou a ser propaganda de um projeto totalitário de esquerda. Mas não citou obra alguma. Não citou porque não é verdade. Pode ter acontecido alguma produção com esse viés mas, de modo algum, houve um projeto hegemônico, calculado e planejado. Prova disso é que no período alegado surgiu a produção religiosa da TV Record e o boom da nova música sertaneja. Ambas apoiadoras do projeto fascista. Durante o governo petista, o Brasil seguiu sendo um país livre; a produção cultural seguiu o seu caminho. A lei Rouanet, operada pelo departamento de marketing das empresas, mais financiou a importação de musicais americanos do que teatro de esquerda, até onde sei.

Mentir é e será o instrumento do fascismo, como fez Roberto. Outras, muitas!, agressões através de calúnias serão feitas. Acredito que seja necessário contestar toda e cada uma delas. A razão é a nossa arma contra a desrazão deles, tenho fé.

Esse guerra se dá no campo das ideias. O fascismo é uma mentira; para não ser desvendado ele precisa criar confusão, desinformação e uma nova semântica. Quando Ciro Gomes, Vera Lúcia, João Amoedo, e outros colegas, buscam atrair os brasileiros para uma conversa objetiva, os extremistas agonizam e reagem agredindo. Uma conversa razoável é a arma mais mortal contra o fascismo. O fascismo é a não conversa; é o monólogo feito de slogans publicitários; o grito, a bravata, a confissão de fé arbitrária e a mentira a mentira a mentira. Teremos serenidade, colegas. A paz desespera os violentos. Mas uma paz ativa, atuante, como a desejada por Jesus, o verdadeiro.

Falando em Jesus, saúdo as religiões afrobrasileiras, tão nacionais quanto tudo o mais.

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Bom dia. Eu acho q a luta contra o fascismo deve se dar no campo das ideias; e não apenas no político/partidário. Tirar os fascistas da posse do Estado é a missão mas temo que fracassaremos se depositarmos todo o nosso empenho apenas em um projeto político/partidário. Messias e os seus atacam diariamente fatos da cultura. Recentemente, Roberto – o ofensor de Fernanda Montenegro – foi a UNESCO e, num discurso tipicamente messiânico, afirmou que toda a produção cultural do Brasil dos últimos 20 anos deixou de ser arte e passou a ser propaganda de um projeto totalitário de esquerda. Mas não citou obra alguma. Não citou porque não é verdade. Pode ter acontecido alguma produção com esse viés mas, de modo algum, houve um projeto hegemônico, calculado e planejado. Prova disso é que no período alegado surgiu a produção religiosa da TV Record e o boom da nova música sertaneja. Ambas apoiadoras do projeto fascista. Durante o governo petista, o Brasil seguiu sendo um país livre; a produção cultural seguiu o seu caminho. A lei Rouanet, operada pelo departamento de marketing das empresas, mais financiou a importação de musicais americanos do que teatro de esquerda, até onde sei. Mentir é e será o instrumento do fascismo, como fez Roberto. Outras, muitas!, agressões através de calúnias serão feitas. Acredito que seja necessário contestar toda e cada uma delas. A razão é a nossa arma contra a desrazão deles, tenho fé. Esse guerra se dá no campo das ideias. O fascismo é uma mentira; para não ser desvendado ele precisa criar confusão, desinformação e uma nova semântica. Quando Ciro Gomes, Vera Lúcia, João Amoedo, e outros colegas, buscam atrair os brasileiros para uma conversa objetiva, os extremistas agonizam e reagem agredindo. Uma conversa razoável é a arma mais mortal contra o fascismo. O fascismo é a não conversa; é o monólogo feito de slogans publicitários; o grito, a bravata, a confissão de fé arbitrária e a mentira a mentira a mentira. Teremos serenidade, colegas. A paz desespera os violentos. Mas uma paz ativa, atuante, como a desejada por Jesus, o verdadeiro. Falando em Jesus, saúdo as religiões afrobrasileiras, tão nacionais quanto tudo o mais.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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