Pedro Cardoso: “Temos uma péssima polícia porque temos uma péssima elite que contrata uma péssima política”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/YouTube

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Bom dia? Difícil.

Tenho dito, desde quando compreendi que aqueles que se empenharam no afastamento de Dilma nada tinham de honestos, e que não era por conta das desonestidades do PT que eles se levantavam – mas sim por interesse de ascensão social deles através de cargos públicos – que estamos assistindo uma guerra de gangues em luta pelo controle do Estado. Essa guerra talvez tenha sido constante desde que existe Brasil com alguns hiatos quando alguma política honesta se fez. Vem de longe o nosso desamparo; mas chegamos num caos administrativo perto do absoluto.

Deste é prova a cena em que um senador avança num retroescavadeira contra um grupo de mascarados (talvez, policiais… como saber?) em pose de uma instalação militar e é, então, baleado. A quantidade de crimes de todos os envolvidos evidenciou para mim o quanto não sabemos do que está nos acontecendo.

As máfias policiais talvez sejam toda a polícia. Já disse antes: As elites brasileiras tratam a polícia como fossem pouco mais que escravos. Temos uma péssima polícia porque temos uma péssima elite que contrata – através de corrupção – uma péssima política. A polícia, exposta a todos os perigos e sem quase nenhum apoio, se desorganiza até o ponto de se bandear para o avesso da lei que deveria proteger. Pouco sei do que está se passando com a PM do Ceará.

Pode ser justa a grave ou pode ser ação de máfias. Como posso eu saber se não posso confiar no processo político que garantiria o cumprimento da lei, assegurando a cobertura jornalística precisa dos fatos? Só posso confiar no que vejo e a imagem é aterradora. Homens mascarados, provavelmente armados, e um senador que contra eles lança um trator. Não há a menor chance de nenhuma das pessoas envolvidas nesse confronto terem razão.

Ou Já não vivemos na legalidade e o conflito social, produzido pelo egoísmo histórico das elites e seus políticos fantoches, finalmente destruiu tudo o que havia ou haveria de Brasil.

E Messias ataca brutalmente uma jornalista para esconder seus mais do que prováveis crimes.

Ter votado nele é um erro mas ainda apoia-lo é um crime. Não previsto em lei, mas é. Tudo só desolação.

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Bom dia. Bom dia? Difícil. Tenho dito, desde quando compreendi que aqueles que se empenharam no afastamento de Dilma nada tinham de honestos, e que não era por conta das desonestidades do PT que eles se levantavam – mas sim por interesse de ascensão social deles através de cargos públicos – que estamos assistindo uma guerra de gangues em luta pelo controle do Estado. Essa guerra talvez tenha sido constante desde que existe Brasil com alguns hiatos quando alguma política honesta se fez. Vem de longe o nosso desamparo; mas chegamos num caos administrativo perto do absoluto. Deste é prova a cena em que um senador avança num retroescavadeira contra um grupo de mascarados (talvez, policiais… como saber?) em pose de uma instalação militar e é, então, baleado. A quantidade de crimes de todos os envolvidos evidenciou para mim o quanto não sabemos do que está nos acontecendo. As máfias policiais talvez sejam toda a polícia. Já disse antes: As elites brasileiras tratam a polícia como fossem pouco mais que escravos. Temos uma péssima polícia porque temos uma péssima elite que contrata – através de corrupção – uma péssima política. A polícia, exposta a todos os perigos e sem quase nenhum apoio, se desorganiza até o ponto de se bandear para o avesso da lei que deveria proteger. Pouco sei do que está se passando com a PM do Ceará. Pode ser justa a grave ou pode ser ação de máfias. Como posso eu saber se não posso confiar no processo político que garantiria o cumprimento da lei, assegurando a cobertura jornalística precisa dos fatos? Só posso confiar no que vejo e a imagem é aterradora. Homens mascarados, provavelmente armados, e um senador que contra eles lança um trator. Não há a menor chance de nenhuma das pessoas envolvidas nesse confronto terem razão. Ou Já não vivemos na legalidade e o conflito social, produzido pelo egoísmo histórico das elites e seus políticos fantoches, finalmente destruiu tudo o que havia ou haveria de Brasil. E Messias ataca brutalmente uma jornalista para esconder seus mais do que prováveis crimes. Ter votado nele é um erro mas ainda apoia-lo é um crime. Não previsto em lei, mas é. Tudo só desolação.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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