Por volta das 10 horas desta manhã, o helicóptero da Record já voava em direção a Suzano, onde só se sabia que um ou mais atiradores haviam entrado em uma escola e atirado contra estudantes e funcionários, observou a jornalista Cristina Padiglione, na Folha.
Ao vivo , o piloto da aeronave da Record conversava com César Filho no “Hoje em Dia” para antecipar a tragédia de Suzano.
A manchete inicial falava em “8 mortos em Suzano”, mas não havia muitas informações. Nem sequer o nome da escola ele tinha quando começou a noticiar o fato, o que surgiu durante a hábil performance do apresentador em segurar a transmissão ao vivo, com pouquíssimos dados.
Em dado momento, o comandante do helicóptero diz que “parece” que “a diretora” da escola também foi atingida, além de oito crianças (o que já resultaria, pelas nossas contas, em nove mortos, não mais em oito).
Era o caso de torcer para que familiares e amigos da diretora da escola não estivessem vendo aquilo, já que não fora ela, e sim uma coordenadora, a funcionária baleada que estava entre as vítimas fatais e inclusa no número “8” anunciado, afirma a jornalista.
Na Globo, o jornal “Hoje” terminou só as 15h30, engolindo o filme da “Sessão da Tarde”, mas a emissora não conseguiu colocar seus principais repórteres ao vivo do local nem deu a notícia em primeira mão.
Resumo da ópera: a Record mantém a fama de guerrilheira, mas ainda derrapa na precisão e no compromisso com a apuração.
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