
Filme ‘Rafiki’. Foto: Divulgação
Reportagem de Claudio Gabriel na Folha de S.Paulo informa que, quando estreou no Festival de Cannes de 2018, “Rafiki” fez história. Não só pelo fato de ter sido a primeira produção cinematográfica queniana a ser escolhida pelo principal festival do mundo, mas por ser uma história LGBT passada no país. “Ao fazer o filme, sabia que seria importante para muitas pessoas, mas quando tudo disparou, fiquei surpresa e tive dificuldade em entender tudo”, conta a atriz Sheila Munyiva. “Eu me sinto muito orgulhosa de fazer parte de algo que está fazendo história.”
De acordo com a publicação, o filme da diretora Wanuri Kahiu estreia nesta quinta-feira (8). Munyiva faz Ziki, uma das protagonistas da trama, que vive um relacionamento com a personagem Kena, interpretada por Samantha Mugatsia. Desde 1897, quando o Quênia ainda era uma colônia, a homossexualidade é criminalizada. Em maio deste ano, o Supremo Tribunal local julgou a possibilidade de abolição dessas leis, mas a proposta acabou rejeitada.
Apesar de ser um pouco mais branda para as mulheres, a legislação do país prevê até 19 anos de prisão para quem tem relações com pessoas do mesmo sexo. O Código Penal impõe até 14 anos de prisão para os que tiverem uma “conjunção carnal não natural” e cinco anos para “práticas indecentes entre homens”, completa a Folha.
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