A ativista americana Angela Davis, que tem 75 anos, exaltou o nome de mulheres brasileiras que são referências do feminismo negro no país e da violência estrutural que ele denuncia. Para ela, essas mulheres precisam ser resgatadas e reconhecidas pelos brasileiros, que, segundo ela, parecem saber mais sobre o feminismo negro americano do que de seu próprio.
Citou Ágatha Sales Félix, Marielle Franco, Lélia Gonzalez, Mãe Stella de Oxóssi, Luíza Bairros, Sueli Carneiro, Conceição Evaristo, Benedita da Silva, Clara Nunes, Margareth Menezes, Érica Malunguinho, Preta Ferreira e Elza Soares.
A ativista diz não pronunciar o nome de Jair Bolsonaro nem do presidente americano Donald Trump por uma questão estratégica. “Aprendi isso com as parlamentares americanas Alexandria Ocasio-Cortez, Rashida Tiaib, Ayanna Pressley e Ilham Omar, que se referem ao atual presidente americano como o ocupante do escritório da Presidência dos EUA. Na tradição africana, pronunciar o nome é dar poder, e deixar de fazê-lo é deixar de contribuir para eles”, disse. A organização no Ibirapuera estimou o público em 15 mil pessoas no evento de Angela Davis.
Informação de reportagem de Fernanda Mena na Folha de S.Paulo.
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