Emissoras de TV sofrem crise e cortam funcionários desde 2015

Emissoras de TV – Foto: Montagem

RedeTV! vive nesta semana mais uma grave crise. A direção da emissora cortou as horas extras dos funcionários de todos os setores, gerando um clima preocupante, cheio de tensão e até com aviso de greve. Mas problema financeiro não é exclusividade do canal de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho.

A crise na Record iniciou em 2014 e a direção do canal adotou uma política de corte de gastos e demissões, com isso, a emissora garantiu lucros entre 2015 a 2017. Entretanto, balanço contábil divulgado no começo de abril indicou que a empresa do bispo Edir Macedo fechou o ano passado com prejuízo de quase R$ 23 milhões.

Nos últimos cinco anos, a Globo viu seu faturamento cair em 15% e sofreu com prejuízo operacional de meio bilhão de reais em 2019, o que obrigou a direção a enxugar a folha salarial, evitando novos prejuízos. A emissora tem conversado com medalhões e proposto redução de salário, como ocorreu com Galvão Bueno. Ana Maria Braga, Luciano Huck, Fátima Bernardes, Fausto Silva, Aguinaldo Silva, Pedro Bial e William Bonner devem passar pelo corte que girarão entre 20% e 40%

SBT teve uma diminuição de receita de quase 13% de 2015 a 2018, mas conseguiu manter as contas equilibradas entre 2017 e o ano passado. O canal se viu na obrigação de realizar uma política de diminuição de gastos, cortando funcionários e despesas fixas a fim de manter a saúde financeira da empresa. A direção da emissora de Silvio Santos também freou novas contratações, diminuiu verbas de produção do setor de entretenimento, evitou que viagens em coberturas de eventos.

O começo do ano trouxe uma batalha judicial envolvendo a família Saad. O presidente Johnny Saad correu o risco de perder a presidência da emissora, já que Márcia, Marisa e Maria Leonor quiseram retirar o irmão do cargo. A briga parou na Justiça e o atual mandatário conseguiu se manter no poder. A Band vem sofrendo com problemas financeiros desde 2015, demitindo pessoal e cortando despesas. Para estrear atrações, a direção avisou que tudo dependia do setor comercial.

Ou seja, quando as cotas de propaganda estiverem compradas.

As informações são de uma reportagem de Naian Lucas no site NaTelinha.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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