“Aqui é a capital da Ursal”, brinca Maria Ribeiro no camarote para onde iam os artistas após desfile da Mangueira

Segundo coluna de Monica Bergamo, na Folha, “Aqui é a capital da Ursal”, brincava a atriz Maria Ribeiro no camarote Folia Tropical, espaço escolhido por boa parte dos artistas que saíram na Mangueira na segunda noite de desfiles.

A escola homenageou Marielle Franco e recontou a história do Brasil, desta vez com o protagonismo de negros e índios, o que atraiu para a Sapucaí boa parte de militantes de esquerda.

“Eu choro toda vez que ouço o samba da Mangueira. É lindíssimo, e a morte da Marielle é um marco muito dolorido”, contou Camila Pitanga, dando um confere no celular enquanto falava. “Desculpa, agora preciso ir ali ajudar a namorada do pai da minha filha”, explicou, depois de ler um recado.

Georgiana Góes, a Dona Florinda da paródia que o “Tá no ar” fez do seriado “Chaves” (aquele em que Marcelo Adnet interpreta um militar com os trejeitos de Jair Bolsonaro), também estava emocionada.

“Cara, vai ser foda. Muito forte”. Ela iria desfilar pela escola e se dizia impressionada com o samba da verde e rosa. “Por mais que eu tenha estudado História com o livro vermelho do Chico Alencar, os nossos heróis são os portugueses e os brancos, não os índios e negros, os verdadeiros donos dessa terra.”

Georgiana disse ter a consciência de que estava “num ambiente burguês, onde quase todos os negros são empregados”. “É dificil isso, a gente quer que eles sejam os protagonistas, não queremos só aplaudir o gari negro que samba. Queremos ele entre a gente.”

Categorias
Gente

Relacionado por