Reportagem de Fábio Zanini na Folha de S.Paulo informa que o superintendente da Cinemateca Brasileira, Roberto Simões Barbeiro, ocupava de maneira irregular um cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo, recebendo salário de R$ 12.310,51. Após consulta da Folha à Assembleia, Barbeiro foi exonerado da função e terá de devolver o salário recebido durante o período em que acumulou os dois cargos. Ele era assistente especial parlamentar no gabinete da deputada Edna Macedo (PRB), irmã do bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus. O cargo é de livre nomeação e geralmente é usado por parlamentares para acomodar aliados políticos.
De acordo com a publicação, segundo apurou a Folha, Barbeiro aparecia esporadicamente para trabalhar na Assembleia Legislativa. Já na Cinemateca, um órgão federal que é responsável pela preservação do patrimônio cinematográfico nacional, ele dava expediente diário. Nesta quarta (4), a reportagem ligou para o gabinete da deputada por volta de 15h50 e uma atendente afirmou que Barbeiro estava em trabalho externo e sem previsão de retornar. De acordo com a assessoria da Assembleia Legislativa, o acúmulo de funções para assessores de gabinetes é proibido. Quando são nomeados, os servidores têm de dizer se ocupam algum outro cargo público.
No caso de Barbeiro, a nomeação como assessor parlamentar ocorreu em março, antes da ida para a Cinemateca no cargo, equivalente a presidente da instituição. Ele não avisou a direção da Assembleia quando passou a ocupar a superintendência, completa a Folha.
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