Duvivier recomenda três biografias para Moro, que diz que lê biografias e não lembra de nenhuma

Esse é o assunto da crônica do humorista Gregório Duvivier na Folha de S.Paulo. “Querido Sergio Moro, vi que você gosta de ler biografias, mas ainda assim não consegue citar nenhuma. Entendo a dificuldade: imagino que esteja muito empenhado tentando salvar a sua. Tomo a liberdade de indicar três obras de não ficção —afinal de ficção já bastam suas sentenças”.

O humorista desenvolve: “‘O Tiradentes’, do Lucas Figueiredo, conta a vida de um herói nacional —aquilo que você imaginou que viria a ser, antes de virar figurante de chanchada. Com base em documentos oficiais, Figueiredo perfila esse preso político, único condenado de fato pela conspiração da qual ele era, coincidentemente, o mais desvalido dos integrantes (…). Mas talvez esteja cansado de política brasileira. ‘Medo’, do Bob Woodward, não é exatamente uma biografia, mas a história das eleições em que um bufão chegou ao poder. À sua volta, todos pensam que poderão usá-lo, sem perceber que legitimaram um autocrata que os descartará na primeira oportunidade (…). Pra terminar, vale ler ‘Cartas da Prisão’, de Nelson Mandela. A coletânea de cartas publicada pela Todavia conta a história de um líder político que passou 27 anos na prisão após uma condenação. Desculpa o spoiler: o sujeito sai da prisão ainda maior do que entrou, e termina presidente do país que o prendeu”.

E completa: “Ah, não está ali o nome do juiz que o condenou. Ufa”.

RELEMBRE – VÍDEO: Moro conta a Bial que gosta de biografias, mas não lembra o nome da última que leu

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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