Ex-apresentadora da Globo, Carla Vilhena, revela que o sonho de sua mãe era vê-la dividindo bancada com Boechat

Em entrevista ao jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, a ex-apresentadora da Globo, Carla Vilhena fala de sua saída da Globo no ano passado, de seus projetos e do sonho de sua mãe: de vê-la dividindo a bancada de um telejornal com o jornalista Ricardo Boechat, morto há um mês.

Cerca de um ano atrás você deixava a Globo, depois de mais de três décadas. Sente alguma falta de lá ou da rotina de produzir e apresentar?

Carla Vilhena – Entrei na Globo em 1984 como editora de imagens. Depois fui repórter, apresentadora, editora de texto, até pauta e produção fiz. Passei por todas as funções possíveis no jornalismo de televisão.

Algumas vezes fui plenamente feliz, mas sempre –nos bons e maus momentos– tentei dar o melhor de mim. A minha paixão é apresentar, mas acho que o lugar onde pude me mostrar como profissional completa foi na reportagem.

Conheci pessoas incríveis, algumas são amigas até hoje. Mas, sinceramente, acho que cumpri meu ciclo.

Tenho acompanhado seu site e suas redes… Vi que tem feito muitos eventos, apresentações e principalmente viagens para lugares muito chiques… Vou perguntar muito indiscretamente: você por acaso ganha mais ou menos hoje do que ganhava na Globo?

Carla Vilhena – Um dos “jornalistas” que citei na pergunta anterior me fez esse questionamento e eu exemplifiquei assim: se você ganha X de salário, trabalhando 26 dias por mês, com apenas uma folga por semana; e depois passa a ganhar metade de X, trabalhando 4 ou 5 dias no mês, com muito mais tempo para cuidar de sua família e curtir a vida, o que você acha? Que está ganhando mais ou menos?

Verdade que um dos únicos sonhos de sua vida não realizados foi um dia dividir a bancada com o Ricardo Boechat (que morreu tragicamente no dia 11 de fevereiro)? Onde estava quando soube da morte dele?

Carla Vilhena – Estava na Inglaterra e senti uma tristeza enorme. O estilo de fazer jornalismo do Boechat é algo que poucos conseguem, por isso foi tão admirado.

Minha mãe disse várias vezes que gostaria de me ver dividindo uma bancada com o Boechat, e me lembrei disso imediatamente ao saber da morte dele.

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