Faturamento da Record cai pelo quarto ano consecutivo e emissora volta a dar prejuízo

A reportagem de Daniel Castro no Notícias da TV informa que depois de três anos consecutivos registrando lucros graças a uma austera política de corte de gastos e demissões, a Record voltou a ter prejuízo. Segundo balanço contábil publicado na quarta-feira (3), a emissora de Edir Macedo fechou 2018 com um rombo de R$ 22,9 milhões. Foi o quarto ano seguido de quedas nas receitas publicitárias.

De acordo com a publicação, desde 2015, quando a crise econômica passou a castigar as redes de TV, a Record encolheu 11% em termos nominais, sem considerar a inflação do período. Naquele ano, faturou R$ 1,994 bilhão com anúncios e venda de horários para a Igreja Universal. Em 2018, arrecadou R$ 1,773 bilhão. Quase um quarto de bilhão a menos.

O fato de a Record ter registrado prejuízo em 2018 indica que a emissora parou de demitir e não conseguiu enxugar mais os gastos com produção, haja vista que nos anos anteriores também houve queda nas receitas comerciais, mas o resultado final foi positivo aponta o jornalista.

De fato, os custos das operações e das produções (novelas, programas de variedades, reality shows) subiram no ano passado. Consumiram R$ 1,258 bilhão, R$ 42 milhões a mais do que em 2017.

As despesas com vendas caíram e as administrativas subiram quase na mesma proporção. O resultado operacional foi negativo em R$ 2 milhões. Após a contabilização dos resultados financeiros e das provisões tributárias, o prejuízo foi de quase R$ 23 milhões.

Tradicionalmente, a Record é uma empresa que sempre deu prejuízo e dependeu do aporte (estimado em mais de R$ 600 milhões anuais) da Igreja Universal, liderada por seu dono, o bispo Macedo. Em 2013, quando o bispo Honorilton Gonçalves perdeu o comando e a emissora passou a ser administrada com mão forte por Marcus Vinicius da Silva Vieira, isso começou a mudar.

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