Pedro Cardoso: “macabro slogan de Donald [Trump] esteve presente muitas vezes no discurso de Obama”

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Pedro Cardoso

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

“Façamos a América grande novamente”; a mesma ideia expressa pelo macabro slogan do republicano Donald esteve presente muitas vezes no discurso do democrata Barack Obama. O desejo de ser a maior nação do planeta é o centro da nacionalidade americana.

São eles para si mesmos os pais da liberdade, o lar da democracia. Nunca se percebem como sendo também comerciantes da escravidão, os criadores do holocausto atômico. Líderes buscam encarnar o espírito dos povos que desejam liderar. Buscam forjar identidade absoluta entre eles e seus liderados para reinarem absolutos.

Outro dia, respondendo sobre o futuro do Brasil, Lula dizia que o PT devia fazer isso e aquilo etc. Falava só sobre o PT como se o Brasil mais profundo fosse o PT. O Brasil mais profundo é a injustiça social na qual se assenta mas o PT, embora seja importante ainda, não detém o monopólio nem dessa representação e muito menos da totalidade do Brasil.

Lula também disse que pretendia unir as esquerdas. Deveria ele, eu acho, unir-se às esquerdas e participar de um acordo sem exigir a liderança. Na confusão dos meus pensamentos, estou tentando dizer que para enfrentar a tirania do poder as força democráticas precisam ter a coragem de se diferenciarem absolutamente da tirania desejada pelos povos.

Quando Obama se mantem alimentando o delírio americano de ser a maior nação do mundo ele entrega o país a quem, melhor do que ele, diz o mesmo. Tivesse Lula entendido que o Brasil é maior do que o PT e o PT estaria sendo uma força política mais útil. O mesmo digo sobre todos os outros partidos políticos.

O que representa uma nação livre é a sua democracia e não algum dos seus líderes políticos. Povos precisam ouvir o que não querem para evoluírem.

Devemos nos bater pela democracia antes do que pelo poder. Ao tentarmos dizer o q agrada oferecemos a vitória aos populistas. Se passou aqui, nos EUA, no UK. Sugiro artigo de Ian McEwan sobre o Brexit no The Guardian. Diz tudo sobre tudo; sem a minha confusão desta manhã.

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Bom dia. “Façamos a América grande novamente”; a mesma ideia expressa pelo macabro slogan do republicano Donald esteve presente muitas vezes nos discurso do democrata Barak Obama. O desejo de ser a maior nação do planeta é o centro da nacionalidade americana. São eles para si mesmos os pais da liberdade, o lar da democracia. Nunca se percebem como sendo também comerciantes da escravidão, os criadores do holocausto atômico. Líderes buscam encarnar o espírito dos povos que desejam liderar. Buscam forjar identidade absoluta entre eles e seus liderados para reinarem absolutos. Outro dia, respondendo sobre o futuro do Brasil, Lula dizia que o PT devia fazer isso e aquilo etc. Falava só sobre o PT como se o Brasil mais profundo fosse o PT. O Brasil mais profundo é a injustiça social na qual se assenta mas o PT, embora seja importante ainda, não detém o monopólio nem dessa representação e muito menos da totalidade do Brasil. Lula também disse que pretendia unir as esquerdas. Deveria ele, eu acho, unir-se às esquerdas e participar de um acordo sem exigir a liderança. Na confusão dos meus pensamentos, estou tentando dizer que para enfrentar a tirania do poder as força democráticas precisam ter a coragem de se diferenciarem absolutamente da tirania desejada pelos povos. Quando Obama se mantem alimentando o delírio americano de ser a maior nação do mundo ele entrega o país a quem, melhor do que ele, diz o mesmo. Tivesse Lula entendido que o Brasil é maior do que o PT e o PT estaria sendo uma força política mais útil. O mesmo digo sobre todos os outros partidos políticos. O que representa uma nação livre é a sua democracia e não algum dos seus líderes políticos. Povos precisam ouvir o que não querem para evoluirem. Devemos nos bater pela democracia antes do que pelo poder. Ao tentarmos dizer o q agrada oferecemos a vitória aos populistas. Se passou aqui, nos EUA, no UK. Sugiro artigo de Ian McEwan sobre o Brexit no The Guardian. Diz tudo sobre tudo; sem a minha confusão desta manhã.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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