Pedro Cardoso: “O que é ‘esquerda festiva’?”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/Instagram

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Me ajudem a entender-me, por favor. O que é “esquerda festiva”? Deve ser a pessoa que professa ideais socialistas mas vive da exploração capitalista. Faz sentido. Se for isso, não me reconheço como tal. Nasci favorecido mas filho de pais de esquerda. Aos 18 já comecei a trabalhar e sigo trabalhando até hoje, com 58. Não herdei 1 centavo.

Todo o dinheiro que fiz foi produzido por ação física minha; que foi representar e escrever para teatro e TV. No teatro, onde sou o dono do negócio, a economia é artesanal. Na TV, participei de um negócio capitalista; mas não era eu o explorador; era um explorado de elite, digamos assim.

Tenho conflitos com minha biografia e os favorecimentos que recebi da história; mas tenho também orgulho de ter distribuído o melhor que pude a renda que atravessou o meu caminho. Mas porque falo hoje de mim, eu que odeio celebridades? Porque fui atacado por um anônimo.

Na publicação que fiz revelando grupo de empresários que promovem o nazifascismo, veio um sem rosto nem nome me acusar de ser “esquerda festiva”. Eu teria respondido mas o sr. ninguém também disse que o “nazismo é de esquerda” e outras inverdades totais. Nenhuma conversa pode se sustentar em mentiras absolutas.

Por isso eu apago o mentiroso. O que ele quer é fazer publicidade junto aos meus amigos de suas inverdades. Mas quis responder aqui; não a ele, mas a todos. Há quem viva em desacordo com o que prega. Eu vivo do meu trabalho no único mundo que existe até aqui: o capitalismo de mercado.

Pago minhas contas e impostos. Uso o regime fiscal que mais me favorece, que me faz pagar em torno de 17% do que ganho. Não estou isento de falha mas estou livre de maldade.

Os empresários – havan, centauro, polishop etc -, que ataquei e que revidaram, vivem da vagabundagem de seus negócios desleais e são entusiastas do nazifascismo personificado em Messias. Nunca me disse imparcial, como o anônimo me acusa de ter dito. Tomo a parte da verdade.

Falo na primeira pessoa do singular, por isso desprezo quem se manifesta anonimamente. O anonimato é a identidade do covarde. O capitalismo é filho do medo de ter que trabalhar com o próprio corpo.

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Bom dia. Me ajudem a entender-me, por favor. O que é “esquerda festiva”? Deve ser a pessoa que professa ideais socialistas mas vive da exploração capitalista. Faz sentido. Se for isso, não me reconheço como tal. Nasci favorecido mas filho de pais de esquerda. Aos 18 já comecei a trabalhar e sigo trabalhando até hoje, com 58. Não herdei 1 centavo. Todo o dinheiro que fiz foi produzido por ação física minha; que foi representar e escrever para teatro e TV. No teatro, onde sou o dono do negócio, a economia é artesanal. Na TV, participei de um negócio capitalista; mas não era eu o explorador; era um explorado de elite, digamos assim. Tenho conflitos com minha biografia e os favorecimentos que recebi da história; mas tenho também orgulho de ter distribuído o melhor que pude a renda que atravessou o meu caminho. Mas porque falo hoje de mim, eu que odeio celebridades? Porque fui atacado por um anônimo. Na publicação que fiz revelando grupo de empresários que promovem o nazifascismo, veio um sem rosto nem nome me acusar de ser “esquerda festiva”. Eu teria respondido mas o sr. ninguém também disse que o “nazismo é de esquerda” e outras inverdades totais. Nenhuma conversa pode se sustentar em mentiras absolutas. Por isso eu apago o mentiroso. O que ele quer é fazer publicidade junto aos meus amigos de suas inverdades. Mas quis responder aqui; não a ele, mas a todos. Há quem viva em desacordo com o que prega. Eu vivo do meu trabalho no único mundo que existe até aqui: o capitalismo de mercado. Pago minhas contas e impostos. Uso o regime fiscal que mais me favorece, que me faz pagar em torno de 17% do que ganho. Não estou isento de falha mas estou livre de maldade. Os empresários – havan, centauro, polishop etc -, que ataquei e que revidaram, vivem da vagabundagem de seus negócios desleais e são entusiastas do nazifascismo personificado em Messias. Nunca me disse imparcial, como o anônimo me acusa de ter dito. Tomo a parte da verdade. Falo na primeira pessoa do singular, por isso desprezo quem se manifesta anonimamente. O anonimato é a identidade do covarde. O capitalismo é filho do medo de ter que trabalhar com o próprio corpo.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com

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