Pedro Cardoso questiona: “Por que os fascistas brasileiros desejam militarizar as escolas?”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/YouTube

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Lendo Mia Couto, recebi dele excelente sugestão de pensamento. Mia nos alerta de que a história da humanidade costuma ser a narrativa de suas guerras; e nada se diz sobre os períodos de paz. E é na paz que se desenvolvem em nós as mais profundas características do que é humano: a empatia, a solidariedade, a colaboração. Mia me fez pensar com nova luz assunto que já me ocupava:

Por que os fascistas brasileiros desejam militarizar as escolas? Messias e Wilson, gerentes de executivo agem com a mesma obsessão. O que tem a ver educar com militarizar? Conheço pouco, porque não me foi ensinado na escola, a história das forças armadas brasileiras.

Deveríamos saber melhor. Não falo da narrativa heróica de feitos fantasiosos; falo de conhecermos a história dessas pessoas. Um país é uma entidade militar. A delimitação do território é já um ato de guerra. E dessa missão fundadora perpetua -se nas forças armadas a tutela do país. Eles se sentem sendo a nossa garantia de existir. E, num conflito com outros, de fato, o são; mas todos seremos também.

O militarismo se assenta na hierarquia da autoridade dos superiores. Obedecer ordens sem contestar é o tabu pilar da ordem militar.

Não acho saudável o militarismo entendido desse modo. Sobre o tabu da hierarquia militar se erguem todos os autoritarismos. Fossem as forças armadas democraticamente estruturadas e elas defenderiam a democracia. Educar é ensinar a liberdade e não a obediência; é ensinar a pessoa a se conhecer; e só na liberdade podemos saber quem somos; obedientes somos o outros a quem obedecemos. Um exército de homens livres, q obedecem pq concordam, lutaria pela paz. Lá ninguém morre e há muito o q fazer, como disse Mia.

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Bom dia. Lendo Mia Couto, recebi dele excelente sugestão de pensamento. Mia nos alerta de que a história da humanidade costuma ser a narrativa de suas guerras; e nada se diz sobre os períodos de paz. E é na paz que se desenvolvem em nós as mais profundas características do que é humano: a empatia, a solidariedade, a colaboração. Mia me fez pensar com nova luz assunto que já me ocupava: Por que os fascistas brasileiros desejam militarizar as escolas? Messias e Wilson, gerentes de executivo agem com a mesma obsessão. O que tem a ver educar com militarizar? Conheço pouco, porque não me foi ensinado na escola, a história das forças armadas brasileiras. Deveríamos saber melhor. Não falo da narrativa heróica de feitos fantasiosos; falo de conhecermos a história dessas pessoas. Um país é uma entidade militar. A delimitação do território é já um ato de guerra. E dessa missão fundadora perpetua -se nas forças armadas a tutela do país. Eles se sentem sendo a nossa garantia de existir. E, num conflito com outros, de fato, o são; mas todos seremos também. O militarismo se assenta na hierarquia da autoridade dos superiores. Obedecer ordens sem contestar é o tabu pilar da ordem militar. Não acho saudável o militarismo entendido desse modo. Sobre o tabu da hierarquia militar se erguem todos os autoritarismos. Fossem as forças armadas democraticamente estruturadas e elas defenderiam a democracia. Educar é ensinar a liberdade e não a obediência; é ensinar a pessoa a se conhecer; e só na liberdade podemos saber quem somos; obedientes somos o outros a quem obedecemos. Um exército de homens livres, q obedecem pq concordam, lutaria pela paz. Lá ninguém morre e há muito o q fazer, como disse Mia.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com

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