Maurício Stycer no UOL informa que, em uma declaração que causou polêmica, o presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (25) o uso de recursos públicos para a realização do filme “Bruna Surfistinha”. “Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir, em respeito às famílias”, disse Bolsonaro. Nesta sexta, Bolsonaro voltou a dizer que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) poderá ser privatizada ou extinta caso não seja possível usar filtros nas produções nacionais.
De acordo com a publicação, o filme “Bruna Surfistinha”, dirigido por Marcus Baldini, com Deborah Secco no papel da protagonista, foi lançado nos cinemas em 2011. Como se sabe, é inspirado nas histórias de Raquel Pacheco, ex-garota de programa, que tornou público em blog e livro sua trajetória no universo da prostituição. Em 2016, o mesmo produtor do filme, Roberto Berliner, lançou a série “Me Chama de Bruna”, em parceria com o canal Fox, tendo a atriz Maria Bopp como protagonista. A série está na terceira temporada e, assim como o filme, sempre contou com recursos da Ancine para a sua realização.
A quarta temporada, cuja gravação terminou nesta sexta-feira (19), será lançada ainda este ano. A série exibirá um encontro emocionado entre Raquel Pacheco, que visitou o set de surpresa, e Maria Bopp. Os produtores da série desconfiam que o presidente estivesse se referindo à série e não ao filme quando mencionou a produção de “Bruna Surfistinha” como um exemplo do que a Ancine não deve apoiar. “A não ser que ele esteja querendo relançar o filme”, ironiza o produtor Roberto Berliner, completa o portal.
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